O mercado de milho no Brasil mantém baixa liquidez, principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste. No Rio Grande do Sul, a oferta interna limitada faz o estado depender de grãos de outras regiões e do Paraguai. Segundo a TF Agroeconômica, as indicações de compra variam entre R$ 67,00 e R$ 70,00/saca, enquanto os pedidos dos produtores estão entre R$ 70,00 e R$ 72,00/saca. No porto, o contrato futuro para fevereiro/2026 está cotado a R$ 69,00/saca.
Em Santa Catarina, produtores pedem cerca de R$ 80,00/saca, enquanto indústrias ofertam em torno de R$ 70,00/saca, mantendo as negociações praticamente estagnadas. No Planalto Norte, os valores oscilam entre R$ 71,00 e R$ 75,00/saca.
No Paraná, mesmo com ampla oferta, o mercado spot está parado. Os produtores pedem R$ 75,00/saca, enquanto as indústrias ofertam cerca de R$ 70,00 CIF. No Mato Grosso do Sul, os preços variam entre R$ 49,00 e R$ 54,00/saca, refletindo cautela de vendedores e compradores.
Futuros da B3 operam estáveis
Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros de milho abriram a quinta-feira (30) praticamente estáveis. Por volta das 10h30, os vencimentos estavam cotados entre R$ 68,45 e R$ 73,23/saca:
- Novembro/25: R$ 68,45 (-0,03%)
- Janeiro/26: R$ 71,64 (estável)
- Março/26: R$ 73,23 (+0,01%)
- Maio/26: R$ 72,57 (+0,12%)
Na quarta-feira, os principais contratos fecharam em alta, refletindo maior disposição de produtores em vender após dias de lentidão nas transações.
Chicago registra leve oscilação nos preços
Nos Estados Unidos, os futuros de milho na CBOT operaram próximos da estabilidade, com movimentações mistas por volta das 10h30:
- Dezembro/25: US$ 4,34 (+0,46%)
- Março/26: US$ 4,46 (+0,17%)
- Maio/26: US$ 4,54 (-0,50%)
- Julho/26: US$ 4,60 (-0,25%)
A volatilidade reflete a ampla oferta americana, avanço da colheita e expectativas sobre a reunião entre os presidentes dos EUA e da China, que pode impactar o comércio agrícola internacional.
Estoques de etanol e exportações influenciam o mercado
O mercado também acompanha a produção de etanol nos EUA. Na semana encerrada em 24 de outubro, a produção recuou 1,88%, enquanto os estoques avançaram 2,28%. As exportações semanais subiram 34,6%, somando 175 mil barris. Esses fatores influenciam a formação de preços do milho e mantêm os contratos futuros sob avaliação cautelosa.
Perspectivas para produtores e indústrias
- Produtores: precisam planejar vendas diante de baixa liquidez e preços firmes no mercado físico.
- Indústrias: devem monitorar ofertas e contratos futuros antes de realizar compras.
Mercado interno: a combinação de oferta doméstica, demanda por etanol e exportações define a evolução dos preços nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


















