“Quase 60 mil crianças eram para estar em sala de aula, isso não aconteceu. Infelizmente, pela primeira vez na história, o início das aulas foi adiado para a próxima segunda-feira”, disparou Pinheiro.
O atual prefeito justificou o adiamento alegando que muitas escolas municipais estão em condição precária, com problemas estruturais, como destelhamento, risco de curto-circuito nas instalações elétricas e danos causados pelas chuvas. Além disso, acusou a gestão anterior de não ter firmado contratos de manutenção para as unidades escolares.
Emanuel, no entanto, rebateu as alegações, afirmando que essa justificativa seria apenas uma “narrativa” criada para encobrir a falta de gestão.
“A narrativa do prefeito youtuber: uma suposta precariedade da rede física das unidades de ensino. Gente, é brincadeira, né?”, ironizou.
O ex-prefeito também questionou o motivo de todas as escolas terem sido afetadas pelo adiamento, argumentando que, mesmo que algumas necessitassem de reparos, a maioria poderia ter iniciado o ano letivo normalmente.
“Supondo que o prefeito esteja certo, mas asseguro para vocês que não está. Até mesmo porque funcionou até o último dia do ano letivo de 2024. Supondo que 30 unidades estejam com problema, ainda tem 139 unidades em perfeito estado. Por que não se iniciou as aulas nelas, garantindo que a maioria esmagadora dos alunos estivesse em sala de aula e não fosse prejudicada?”, questionou Pinheiro.
Ele também destacou que os problemas apontados por Abilio poderiam ser resolvidos com medidas simples e administrativas.
“A escola que ele mostrou com problema no forro é por conta da falta de manutenção. Uma simples conversa entre a unidade de ensino e a Secretaria de Educação resolveria isso na hora. O prefeito já está aí há mais de 30 dias”, criticou.
Por fim, Emanuel criticou as prioridades da atual gestão, citando algumas das ações polêmicas de Abilio Brunini desde que assumiu o cargo.
“Por que ele não resolveu os problemas nas escolas, ao invés de ficar fazendo firula de fechar cabaré, dar uma de agente de trânsito, tomar comida da população de rua, brigar com o CRM, desestruturar a atenção primária? Se não tivesse com essas firulas todas, ele tinha se dedicado mais à gestão e a nossa educação pública não seria prejudicada”, disparou.