Em meio a crítica por "animosidade", pedido de vista de aliado de Mauro Mendes adia votação de reajuste

Aumento salarial para servidores do TJMT é barrado por manobra de vice-líder do governo Mauro Mendes na ALMT

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A votação do Projeto de Lei n° 1398/2025, que concede um reajuste linear de 6,8% aos servidores efetivos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), foi adiada nesta quarta-feira (14) na Assembleia Legislativa. O pedido de vista partiu do deputado Beto Dois a Um (PSB), que é vice-líder do governo Mauro Mendes (União), adiando a decisão para uma próxima sessão.

A proposta, de autoria do próprio TJMT, visa corrigir a defasagem salarial acumulada nos últimos anos. O aumento, que vale para todas as classes e níveis de carreira, teria um impacto financeiro estimado em R$ 42 milhões ainda em 2025, subindo para R$ 44,6 milhões em 2026 e R$ 46,9 milhões em 2027.

O adiamento gerou reação imediata. O deputado Lúdio Cabral (PT) criticou abertamente a postura do governo estadual e cobrou celeridade na apreciação da matéria. “Desde que esse projeto deu entrada aqui na Assembleia, percebo uma certa animosidade vinda do governo. Eu sinceramente não entendo as razões disso e fico muito triste de não podermos votá-lo hoje”, declarou Cabral. “Não sei por que o governador Mauro Mendes não quer ver esse projeto avançando aqui no parlamento estadual”, completou.

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Em sua defesa, o projeto do TJMT está embasado pelo Estudo Orçamentário n° 47/2025, que atesta a disponibilidade orçamentária e financeira para o reajuste, garantindo que a medida não viola os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A justificativa do pedido de vista por parte do vice-líder do governo não foi detalhada durante a sessão.

A expectativa é que o projeto seja colocado novamente em pauta após a análise do deputado Beto Dois a Um, em meio a um cenário de pressão por parte dos servidores do Judiciário e de embate político entre base governista e oposição.

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