A Capital Consig contratou dois advogados que fazem parte do corpo jurídico do escritório de advocacia de Pascoal Santullo Neto, ex-sócio do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), e ex-secretário municipal de Fazenda de Cuiabá durante a gestão de Mauro como prefeito da capital, para processar o presidente do Sindicato dos Servidores da Área Meio, Sinpaig-MT, Antonio Wagner de Oliveira.
Trata-se dos advogados Izadora Sguarezi e Victor Medina, ambos do escritório Silva Cruz e Santullo, Advogados Associados, cujos sócios são Pascoal Santullo Neto e Leonardo Silva Cruz.
Tanto Sguarezi quanto Medina aparecem na lista de advogados associados disponível no site do escritório.
Na interpelação, os advogados querem que o sindicalista explique declarações públicas que deu consideradas ofensivas pela empresa de consignados que é alvo de uma grave denúncia de esquema de fraude em cobranças indevidas a servidores.
Além dos dois advogados ligados a Pascoal Santullo, quem também é assina a ação é o conhecido advogado Nelson Willians, um dos envolvidos no esquema de fraude bilionária do INSS.

Segundo o Coaf, o advogado Nelson Willians movimentou mais de R$ 4,3 bilhões entre 2019 a 2024 em atividades consideradas suspeitas pelo órgão do governo. Ele, no entanto, não é investigado diretamente pelo rombo no INSS.
Na ação judicial em Mato Grosso, os advogados miram o sindicalista por conta das denúncias que culminaram na decisão administrativo do governo de suspender os descontos da Capital Consig por 90 dias até a apuração das denúncias de fraudes em contratos.
Ontem, o juiz Moacir Rogério Torquarto, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou a notificação do sindicalista para que explique os questionamentos feitos pela empresa no prazo de 15 dias.
