O Hospital Regional de Cáceres, referência em atendimento para mais de 20 municípios do oeste mato-grossense, enfrenta uma crise que pode estar prestes a virar um colapso. Nas últimas semanas, denúncias de falta de medicamentos, leitos indisponíveis e escassez de profissionais de saúde se multiplicaram, enquanto pacientes relatam esperas de até 48 horas por atendimento em macas de corredores. O vereador Flávio Negação usou a tribuna da Camara para denunciar o caos que está instaurado no hospital e a indiferença do Estado em resolver a situação. “Desde o início do ano, tenho lutado todos os dias por uma solução pro caos no Hospital Regional de Cáceres. Já fui pra Cuiabá incontáveis vezes, arriscando minha vida na estrada, cobrando o governador, levando o Dr. João duas vezes pra dentro do hospital, trazendo a deputada Janaína e batendo na porta de quem fosse preciso.”comenta Flavio em seu discurso.
Falta de Insumos e Medicação
Funcionários da unidade, sob condição de anonimato, afirmam que faltam itens básicos, como:
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Soro fisiológico e medicamentos de emergência (relatos de familiares comprando por conta própria);
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Luvas, máscaras e materiais cirúrgicos;
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Leitos de UTI operando no limite, com pacientes sendo transferidos para Cuiabá ou até mesmo para outros estados.
“Enquanto muitos seguem com discurso bonito, o povo tá morrendo! O governador vem aqui e faz discurso bonito, chega a emocionar o povo, mas o povo ta morrendo. Que solução Ele está tomando para isso, nenhuma. Mas o discurso é bonito. Tem que parar com esse discurso bonito e fazer o que realmente precisa”, diz o vereador.
Superlotação e Demora no Atendimento
Pacientes com casos graves de infecções respiratórias, pós-operatórios e até vítimas de acidentes estão sendo atendidos em cadeiras de espera ou no chão, segundo relatos colhidos pela reportagem. Um caso que ganhou repercussão foi o de um idoso com suspeita de AVC que aguardou mais de 12 horas por uma vaga.
Falta de Médicos e Greve?
Circulam informações de que parte dos plantonistas estaria ameaçando paralisação devido a atrasos salariais e más condições de trabalho. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) nega falta de pagamento, mas admite “dificuldades pontuais” na reposição de profissionais.
“Estamos pagando caro por ego, por vaidade política. E quem sofre é o povo. Mas eu tô aqui, firme, fazendo o que precisa ser feito”, finaliza Flávio.