PROBLEMAS NA EXECUÇÃO

Trabalhadores denunciam caos nas obras do BRT em Cuiabá: “falta até cimento”

publicidade

Outro funcionário relatou que a empresa responsável pelas obras estaria em débito com fornecedores, restaurantes e hotéis que abrigam os funcionários

Trabalhadores que atuam nas obras do BRT (Ônibus de Transporte Rápido) em Mato Grosso denunciaram uma série de problemas na execução do projeto, que liga Cuiabá a Várzea Grande. Em reportagem exibida no Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, os trabalhadores relataram falta de materiais básicos, como cimento e concreto, além de atrasos no pagamento de direitos trabalhistas e dívidas relacionadas a alojamento e alimentação.

De acordo com um dos trabalhadores, cuja identidade foi preservada, o atraso nas obras não está relacionado à falta de mão de obra, mas à ausência de materiais essenciais. “Falta material, nós temos mão de obra aqui, mas falta cimento, concreto. Somos de outras regiões do país, deixamos nossa família e eles ficam nesse impasse se manda ou não embora”, desabafou.

Outro funcionário relatou que a empresa responsável pelas obras estaria em débito com fornecedores, restaurantes e hotéis que abrigam os funcionários.

Leia Também:  Operação tapa-buraco atende Avenida Miguel Sutil e Avenida das Torres

“Se não tem dinheiro para pagar, manda embora, mas não nos maltrate. Não pagou a concreteira, está devendo restaurante, além de três meses do hotel que a gente mora”, afirmou.

Além da falta de materiais, os trabalhadores também denunciam descumprimento de direitos trabalhistas. Um deles, demitido em dezembro de 2024, relatou que ainda não recebeu a multa rescisória.

“Eu saí dia 11 e minha multa rescisória até hoje não saiu. Toda vez que vou procurar [a empresa], eles falam para ir na semana que vem porque não tem dinheiro em caixa. Mas o Governo falou que já pagou em dia, não sei qual que tá mentindo”, lamentou o trabalhador.

Sob responsabilidade do Consórcio Construtor BRT Cuiabá, formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A, Heleno & Fonseca Construtécnica S.A, e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda., as obras do BRT estão atrasadas, o que tem gerado insatisfação do governador Mauro Mendes (União). Ele já demonstrou publicamente, mais de uma vez, sua frustração com a demora no andamento das obras, especialmente no trecho que passa pela Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA).

Leia Também:  Desembargadora Federal solicita manifestação da PGR em caso contra Prefeito de Cuiabá

Por outro lado, o consórcio alega enfrentar uma série de problemas relacionados à má qualidade dos projetos e até mesmo a questões políticas. O conglomerado destacou que a resistência inicial do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), teria atrasado o início das obras. O imbróglio político, segundo o consórcio, impactou diretamente o cronograma da obra.

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade