Ao correr para a cena do crime, o prefeito Abilio Brunini (PL) não agiu como gestor, mas como protagonista. Empurrou a cadeira de rodas da mãe, deu declarações emocionadas, comentou sobre o padrasto da adolescente

A DOR DO PALCO

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O assassinato brutal de Heloysa Maria, de apenas 16 anos, expôs mais que uma tragédia familiar em Cuiabá: revelou também a distorção do papel institucional em momentos de crise. Ao correr para a cena do crime, o prefeito Abilio Brunini (PL) não agiu como gestor, mas como protagonista. Empurrou a cadeira de rodas da mãe, deu declarações emocionadas, comentou sobre o padrasto da adolescente – que horas depois seria preso como mandante do crime. Um erro grave de postura e de leitura da realidade. Há quem o defenda e veja ali um gesto de humanidade. Mas qual é o papel de um prefeito?

Não cabe ao chefe do Executivo assumir o lugar de socorrista ou de policial. Cabe, sim, garantir política pública, proteção à infância, apoio psicológico e jurídico às vítimas e suas famílias. Mais uma vez, porém, Brunini escolheu o foco da câmera, não os bastidores do trabalho sério. Um caso tão grave, ainda sob investigação, exige prudência e responsabilidade. Porque quem governa não deve atuar. Deve agir.

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Adriana Mendes – eh fonte

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