Mauro Mendes (MM) começou seu primeiro mandato com o discurso de combater a desigualdade social, melhorar a qualidade dos serviços públicos e colocar Mato Grosso de volta nos trilhos, pois, segundo ele, o estado estava quebrado. No início, ele implantou medidas austeras para a recuperação dos cofres públicos, como o decreto de calamidade financeira, a manutenção do escalonamento dos salários dos servidores, a redução no número de secretarias e o corte de várias despesas.
Após essas medidas impopulares, MM equilibrou as contas do estado e, a partir daí, a história começou a mudar ao longo de seus dois mandatos. Com os “cofres cheios”, MM começou a priorizar apenas suas áreas de interesse pessoal. Como exemplo disso, cito:
• A construção de várias rodovias em rotas do agronegócio, lembrando que o setor financiou suas campanhas eleitorais.
• Aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 12/2022, que limita a criação de novas Unidades de Conservação em Mato Grosso, beneficiando donos de grandes áreas de terra.
• Aprovação da Lei nº 561/2022, que alterou a Lei nº 8.830/2008, conhecida como Lei do Pantanal, flexibilizando o uso de terras dentro da planície pantaneira para diversas atividades, inclusive permitindo a pecuária extensiva.
• Aprovação do Projeto de Lei nº 2256/2023, que suspendeu os incentivos fiscais de quem aderiu à moratória da soja, que proíbe a compra do grão produzido em áreas desmatadas.
• Aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 788/2024, que autoriza mineração em áreas de reserva legal, lembrando que seu filho, Luís Antônio Taveira Mendes, é sócio de empresas mineradoras no estado e responde a processo por compra ilegal de mercúrio.
• Extinção da Companhia Mato-grossense de Mineração (METAMAT), sob o pretexto de enxugar gastos da máquina pública, enquanto sua família tem interesses econômicos na área da mineração.
• Aprovação da Lei nº 12.653/2024, também conhecida como “Lei do Boi Bombeiro”, que permitiu o uso de gado e da roçada no combate a incêndios no Pantanal.
• Publicação de edital de concessão de seis lotes de rodovias de Mato Grosso à iniciativa privada, com um investimento previsto de R$ 8 bilhões para os próximos 30 anos. Quem será que vai usufruir dessas benesses?
• Explosão de novos empreendimentos hidrelétricos no estado durante seus dois mandatos. Coincidentemente ou não, sua esposa Virgínia Mendes, seu filho Luís Antônio Taveira Mendes e seus aliados políticos Fábio Garcia e Robério Garcia são grandes proprietários de empresas desse setor.
Essas são apenas algumas das “benfeitorias” que MM realizou. Mato Grosso cresceu, mas o povo empobreceu, pois ele governou para seus interesses pessoais, transformando o estado em um verdadeiro balcão de negócios para os mais ricos.
Além desse favorecimento descarado, MM usou a máquina pública e sua arrogância política para escantear grupos com opiniões diferentes da sua e punir aqueles que ousaram questioná-lo publicamente. Exemplos disso incluem:
• Sua relação hostil com a imprensa, com inúmeros processos judiciais contra jornalistas.
• Falas públicas desrespeitosas sobre os indígenas, chegando a culpá-los por incêndios florestais e por inventarem um “corredor espiritual” para impedir a construção da Ferrogão.
• Desrespeito aos servidores públicos, retirando direitos adquiridos e tentando implantar um “Estado Mínimo” à custa do funcionalismo. O melhor exemplo são os editais para contratação temporária em áreas sensíveis e o desmantelamento de secretarias importantes.
• Relação excludente com professores e o desmonte da educação estadual, como o fechamento do ensino noturno do EJA e de escolas estaduais em bairros periféricos, além da falta de diálogo com o Sintep.
• Picuinha política com o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, prejudicando a população cuiabana, especialmente no colapso da saúde da capital.
• Aposentadoria compulsória do ex-comandante-geral da PM, Coronel Alexandre Mendes, quatro dias após sua demissão a pedido, por divergências com MM. O governador afirmou que “cobranças em público e pressão não funcionam”, evidenciando sua intolerância a críticas.
• Aumento da impunidade ambiental, com o “Anistiaço” do mutirão de conciliação da SEMA-MT, que livrou criminosos ambientais de pagar multas milionárias. Além disso, o CONSEMA-MT tem anulado multas ambientais de forma questionável.
MM também foi conivente com o comportamento polêmico de sua esposa, Virgínia Mendes, envolvida em diversas controvérsias:
1. Em 2015, cometeu crime ambiental em Rondônia e pagou R$ 30 mil para assinar um acordo de não persecução penal (ANPP) e se livrar do processo.
2. Pediu justiça gratuita para não pagar despesas médicas do tratamento de COVID-19 de sua mãe falecida, mesmo sendo milionária.
3. Usou R$ 138 mil dos cofres públicos para levar três assessores pessoais a uma viagem internacional, mesmo sem cargo oficial no governo.
4. Recentemente, aplicou um “sermão público” ao Bispo Gustavo Duarte, secretário de Assistência Social de Várzea Grande.
MM jamais corrigiu ou se retratou publicamente por essas atitudes da esposa. Será que o amor o deixa cego?
Eu poderia continuar listando os desmandos de MM, mas quero chegar ao ponto principal: a resposta dos excluídos, perseguidos e escanteados deve vir nas urnas, através do voto!
O voto é soberano!
A voz do povo é a voz de Deus!
Então, conclamo toda a população de Mato Grosso que se sentiu abandonada, escanteada, excluída, perseguida e prejudicada pelos desmandos de MM para a ação em 2026!
Vamos cortar as asas do TODO PODEROSO MM, vamos boicotar seu projeto ambicioso de ir para o Senado.
O povo precisa acordar!
O povo precisa enxergar a verdade!!!