O BRT foi apresentado como uma solução moderna e eficiente para o transporte urbano, prometendo melhorar a mobilidade na cidade e reduzir o tráfego de veículos. No entanto, a realidade atual é bem diferente. A obra, que deveria ter sido um símbolo de inovação e progresso, encontra-se praticamente parada, deixando à mercê críticas e frustrações por parte da população. O prazo de entrega prometido pelo Governo do Estado já se findou e ainda há muita obra a ser executada.
A bronca da semana passada do Governador do Estado parece que não resolveu a lentidão da obra. Ficou apenas nas trocas de acusações entre empresas e Governo.
Além disso os trechos em obras na cidade de Cuiabá estão sendo executados de forma parcelada e todos eles iniciados e sem conclusão. Parece que não há um planejamento.
A construção do VLT foi paralisada e abandona justificada por uma série de problemas de gestão e corrupção, que realmente ocorreu.
Se o Governo do Estado e os órgãos de controle (MP e TCE) não agirem de forma célere e eficaz vamos presenciar mais um descaso com o recurso público. A sensação de abandono é palpável, com trechos da obra se tornando verdadeiros “buracos” no coração da cidade com obras inacabadas e, pior, gerando transtornos para quem precisa se deslocar.
Hoje, por curiosidade, contei pouco mais de 12 trabalhadores na obra fazendo limpeza, inexistindo qualquer execução de obra.
É preciso que os responsáveis tomem medidas imediatas para retomar a obra, oferecendo soluções viáveis e transparentes, e, assim, reconquistar a confiança da população.
Cuiabá não pode se dar ao luxo de perder mais tempo e é fundamental que a obra seja retomada e finalizada, para que possa cumprir seu papel de transformar a mobilidade urbana, conforme prometido pelo Governo do Estado.
Emanoel Gomes Bezerra Júnior, advogado sócio do escritório Bezerra & Curado Advogados Associados, especialista em Direito Tributário e em Direito Civil e Processual Civil – IDP; MBA em Gestão Empresarial – FGV; MBA em Direito do Estado e Controle Externo – FGV; Especialista em Direito do Agronegócio – UFMT e Mestrando de Função Social do Direito – FADISP/SP.
