Enquanto a população de Mato Grosso enfrenta filas de hospitais, transporte público precário e falta de investimentos em moradia e educação, o governo Mauro Mendes (UNIÃO) continua injetando milhões em seu projeto mais polêmico: o Parque Novo Mato Grosso, apelidado pela população de “Parque dos Bilionários”.
No dia 29 de maio, a estatal MT Participações e Projetos (MT PAR), comandada pelo diretor Wener Santos, homologou um novo contrato no valor de R$ 9.008.440,72 para a construção do chamado “Complexo Beach” — uma praia artificial erguida em meio a plantações de soja, concreto e exclusão social. A obra será executada pela empresa Jota Ele Construções Civis S.A. e simboliza o apartheid urbano disfarçado de “parque público”.
Localizado em uma área cercada por latifúndios do agronegócio, distante dos centros populacionais de Cuiabá e Várzea Grande, o empreendimento é mais um presente do contribuinte para a elite. Enquanto a maioria da população sofre com salários atrasados, falta de saneamento básico e hospitais superlotados, o governo prioriza quadras high-tech, espelhos d’água e praias artificiais climatizadaspara quem pode pagar.
Dinheiro público no luxo de poucos
O Parque Novo Mato Grosso virou o símbolo de uma gestão que governa para os ricos e ignora os pobres. Em vez de investir em escolas, postos de saúde, moradia digna ou valorização dos servidores, Mauro Mendes opta por um “condomínio de luxo” travestido de espaço público — onde o acesso, na prática, será cada vez mais restrito àqueles que já têm tudo.
Enquanto cidades do interior derretem no asfalto quente, sem recursos para o básico, o governador constrói um oásis artificial para bilionários, financiado com o suor do trabalhador mato-grossense.
O Parque dos Bilionários é a prova de que, para Mauro Mendes, o povo não é prioridade. O dinheiro público, mais uma vez, serve aos interesses de uma minoria — enquanto a maioria paga a conta.
Até quando?