O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), anunciou nesta sexta-feira (10) que concederá um reajuste de 4,83% na Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos estaduais. O percentual é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Durante entrevista à imprensa, o governador informou que o projeto de lei será enviado à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) para aprovação e destacou que está agindo de maneira responsável. “Nós sabemos que temos tantas responsabilidades e entendo o lado dos deputados de ficar falando. Mas eu, quanto Executivo, vou fazer o que é certo. E o certo é pagar o RGA e vai ser dado, pronto, acabou. Ninguém nunca falou diferente disso, conversou merda ou falou abobrinha, o correto é dar o RGA, referente aos 4,83%,” afirmou.
Na última semana, o deputado Max Russi (PSB), que assumirá a presidência da AL-MT em fevereiro, defendeu que o reajuste fosse o maior possível. “Eu defendo que o RGA seja o maior possível aos nossos servidores. Aquele que o Governo tiver capacidade de pagar e quanto mais, melhor”, afirmou o parlamentar.
Apesar do anúncio, o reajuste ficou aquém do que reivindicava o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal (Sintap/MT). A entidade afirma que as perdas salariais acumuladas pelos servidores ultrapassam 20%. O sindicato lembrou ainda que a concessão da RGA foi interrompida durante a pandemia de COVID-19 devido à Lei Complementar nº 173/2020, do Governo Federal, que proibiu aumentos salariais nos anos de 2019 e 2020.
A decisão de Mauro Mendes ocorre em meio a pressões de categorias do funcionalismo público por recomposição salarial mais ampla, enquanto o governo estadual argumenta que está limitado pelas condições fiscais e legais para os reajustes. O projeto deverá ser debatido na Assembleia nas próximas semanas. (com informações VGN)
