Em mais um ato autoritário da gestão Abílio Brunini (PL), moradores do bairro Novo Horizonte, em Cuiabá, foram surpreendidos pela ação ostensiva da Guarda Municipal na tarde deste domingo (23). O alvo? Um simples jogo de futebol organizado por jovens e influenciadores da região para arrecadar cestas básicas para famílias carentes.
A partida, marcada por solidariedade, foi interrompida quando viaturas cercaram o campo – que pertence à associação de moradores do bairro – sob a alegação de falta de “autorização oficial”. Os organizadores, indignados, rebateram: o espaço sempre foi gerido pela comunidade, sem burocracia para eventos sociais.
“Estamos aqui para ajudar, não para roubar. Só queríamos jogar bola e fazer o bem”, desabafou um influenciador presente no local. A justificativa do prefeito, publicada em suas redes sociais, de que seria necessário pedir licença, foi categoricamente desmentida por testemunhas.
A reação nas redes foi imediata: Abílio foi acusado de perseguir a população pobre, desprezar iniciativas solidárias e agir com vaidade e despreparo. O episódio escancara a prioridade de sua gestão: em vez de combater a fome – que atinge milhares de cuiabanos –, Brunini mobiliza o aparato público para impedir quem tenta amenizar o sofrimento alheio.
Não é a primeira vez que o prefeito, conhecido por processar críticos – como o cidadão que o chamou de “desprefeito” –, gera polêmica ao agir contra o povo. Desta vez, porém, o alvo foi a solidariedade. Enquanto isso, a pergunta que fica é: quando Cuiabá terá um governo que governa para o povo, e não contra ele?